Nem só os contos de fadas vivem de finais felizes. Com histórias emocionantes, cinco mulheres da Jequiti abriram seus corações para contar experiências íntimas, mas com um denominador em comum: a força imbatível de cada uma. E para comemorar o Dia da Mulher, é preciso celebrar mulheres reais. Mulheres que conhecemos e que fazem parte do nosso dia a dia. Que erram, que acertam, que enfrentam desafios, mas nunca deixam de sonhar. Mulheres que, com uma força que brilha, conseguem transformar tudo ao seu redor. Claudete, Patricia, Maria, Lucilene e Luana são os nomes que assinam esses depoimentos. Leia, abaixo, suas histórias.
Claudete Varela (Gerente de Vendas)
Parece que no dicionário da vida de Claudete, a palavra determinação está em todas as páginas. Super focada em conseguir tudo o que deseja, Claudete Varela sabe onde quer chegar. É uma verdadeira leoa em defesa de seus filhos Samir e Saymon e não deixa as adversidades da vida falarem mais alto. Sempre supera as dificuldades com confiança e uma boa dose de alegria. Nascida no interior do Rio Grande do Norte, hoje tem um passaporte marcado com países que sempre sonhou em conhecer, além de uma carreira cheia de reconhecimento e realizações.
Claudete, qual é a sua #históriaquebrilha?
"Eu sou do município de Macau, interior do Rio Grande do Norte, mas hoje moro na capital. Com 19 anos, me casei, como manda o figurino. Sou órfã de pai, criada pela minha mãe e tenho irmãos. Com 20 anos fui mãe e eu tenho uma particularidade: nunca quis ter filha mulher, queria ter um filho homem e no meu íntimo, eu sabia que seria um menino: o Samir Wallace. Com 24 anos, eu queria mais um filho e o Saymon Tárik nasceu. Até hoje eu digo que eles são minhas pérolas, nunca me deram trabalho, só orgulho.
Eu vim de uma família pobre, estudei em colégio público e sempre busquei o melhor para meus filhos, por isso mesmo sempre quis colocá-los em colégio particular e para isso, teria que ir à Natal. Nessa época, meu marido ficou desempregado, mas logo conseguiu um emprego na capital. Eu estava trabalhando na Prefeitura de Macau, fazia essa viagem todos os dias. E mesmo assim, me aventurei a colocar meus filhos no melhor colégio do estado. Quando sai do trabalho, foi preciso muita coragem, mas isso eu tinha de sobra. Até que apareceu uma oportunidade com venda de lingeries. Eu assumi o desafio. Quando me tornei promotora, tive que ir para Paraíba por 10 meses e assim que eu terminasse, ganharia uma posição em Natal, que era onde estava a minha casa e minha família. Essa fase foi muito difícil. Viajava sempre com um Celtinha simples, sem nada. Sem ter onde dormir. Entre comer e tomar qualquer coisa, eu tive hepatite A. Passando isso, a minha gerente queria que fosse trabalhar em João Pessoa e eu, finalmente, disse que não.
No mesmo dia em que assinei a demissão, uma das gerentes que eu conhecia tinha uma consultora que era também consultora da Jequiti. Dias depois estava falando com o André, gestor da época, sobre uma vaga futura e eu disse: "Essa vaga é minha. Eu vou descansar, recuperar as energias e eu vou entrar na Jequiti com todo gás". Em novembro, o André enviou um questionário de 300 perguntas, participei de testes e no último encontro, eu mandei as 7 candidatas restantes para casa. Hoje, faz 11 anos que estou na Jequiti. Eu sou competitiva, muito determinada e em 2012, bati a meta e ganhei o primeiro carro, um Celta completo! Três anos depois, ganhei mais um carro. Além disso, realizei os sonhos de conhecer o Papa Francisco e Silvio Santos. Também viajei para Itália, Suíça, França, Espanha, Portugal, tudo isso graças ao meu trabalho na Jequiti.
Em 2018, me chamaram de "Rainha do Carnê do Baú". Quem mais vendesse o carnê, participaria da gravação dos programas do Silvio Santos. Claro que eu ganhei e passei o dia inteiro com ele. Hoje estou em 1º lugar Brasil na venda do Carnê do Baú. Tudo isso são conquistas das quais tenho muito orgulho, que vêm da ajuda de outras pessoas, porque não conseguimos nada sozinhas, mas também por conta dessa força e determinação que eu tenho dentro de mim. Toda vez que eu acordo, eu penso: a vida é hoje, então bora ser feliz e não ter medo. E se tiver medo, vá assim mesmo".
Patricia Finotello (Head de TI)
Desafiando as estatísticas, Patricia tornou-se Head de TI da Jequiti, uma área predominantemente masculina, que desde então, ela lidera com maestria. E não foi apenas o desafio profissional que ela teve que abraçar e vencer, Patricia também foi diagnosticada com câncer de mama meses antes de assumir a posição, o que a levou a dividir sua vida entre: o dia a dia do novo trabalho e a radioterapia. Uma história que ela se orgulha em ter vivenciado e superado. Uma história que vale a pena ser contada.
Patricia, qual é a sua #históriaquebrilha?
"Em outubro de 2019, eu tinha acabado de chegar de férias e marquei um check-up anual, como sempre. Acabei fazendo alguns exames ginecológicos e a médica encontrou um caroço na minha mama. No momento eu fiquei muito nervosa, porque, além de ficar um bom tempo analisando, ela ficou quieta, calada. Nesse momento eu já sabia que tinha alguma coisa errada. Em cinco dias, precisei fazer uma biopsia com urgência. Não demorou nem 20 dias para sair o resultado: um carcinoma mamário. O momento de receber aquela notícia foi o mais marcante da minha vida. Naquela hora, abriu um abismo. Você se sente caindo e não encontra o fundo. Ali também começou a minha luta de marcar hospital, marcar cirurgia e de entender a doença. Eu recebi muito apoio da empresa, do RH, do Grupo Silvio Santos, dos meus amigos e familiares.
No final de novembro já tinha feito a cirurgia, tirei a licença médica e em janeiro estava de volta ao trabalho. Nessa primeira semana, houve a saída do head anterior e eu fui promovida para essa vaga de head de TI da Jequiti. Eu me vi diante de um desafio pessoal enorme, porque tinha acabado de fazer a cirurgia e não sabia o que seria da minha vida e de um desafio profissional gigantesco, afinal, eu nunca imaginei que eu fosse ter a oportunidade de estar nessa posição. E eu aceitei. Assumi a posição e iniciei o tratamento de radioterapia. Todo dia tinha que ir ao hospital, na avenida Paulista, fazer radioterapia às 6h da manhã e ir trabalhar às 9h.
Todos olhavam para mim e diziam: "Pati, nem parece que você está fazendo um tratamento de câncer. Você está bem, conversando, rindo, trabalhando, enfrentando esse desafio com uma responsabilidade absurda". Realmente. Eu continuei trabalhando e aquilo foi muito bom para mim, porque não tinha nem tempo de lembrar da doença. Foi desafiador superar a doença, viver esse momento tão delicado da minha vida e conseguir me consolidar nessa posição. Por isso, também falo que foi maravilhoso. Já fazia quatro semanas dessa rotina maluca, quando chegou a pandemia. Eu estava terminando um tratamento oncológico, assumindo uma nova posição em ambiente totalmente masculino e veio a pandemia. Esses dois anos à distância foram muito desafiadores. Embora todo mundo via aquela Pati dando risada e brincando, eu tinha muita dor na mama, eu sentia muito cansaço, eu não reclamava e eu tinha que trabalhar para me fortalecer, me sentir capaz profissionalmente naquele desafio. Eu sabia que venceria, mas precisava de força emocional. Mas no final, com um time maravilhoso ao meu lado, vencemos esse desafio.
Eu, como mulher e head de uma área totalmente masculina, ter me superado nessa posição e diante de um momento tão delicado da minha, é algo que eu vou me orgulhar para sempre. Hoje, faz dois anos do diagnóstico. Já recebi alta, mas estou em remissão e só tenho a agradecer por tudo que Deus me fez viver. Foi difícil, foi. Mas eu só tenho orgulho. Ninguém entende o universo da mulher, a não ser ela mesma. Somos mulheres competentes e corajosas. Para nós, não existe barreira. A mulher é forte, é poderosa. Ela é aquilo que ela quiser".
Maria de Neuda (Pesquisa e Desenvolvimento)
Diagnosticada com deficiência visual desde muito jovem, Maria de Neuda passou por dificuldades pessoais e profissionais que poderiam ter sido barreiras eternas em sua vida, mas nem por isso, ela desistiu. Feita de vários sonhos, "Dê", como prefere ser chamada, lutava para realizar cada um deles diariamente, como reaprender a sair de casa, aprender braile e poder trabalhar. Para muitos, o impossível pode ser uma palavra recorrente, mas no vocabulário da Maria de Neuda não há espaço para nada mais, além dos sonhos que são realizados todos os dias.
Dê, qual é a sua #históriaquebrilha?
"Nasci com deficiência visual. Durante vários anos no meu período letivo eu tive muitos problemas de aprendizagem por conta da deficiência e, inclusive, repeti alguns anos no colégio. Quando eu tinha 18 anos, comecei a trabalhar e me mantive assim por dois anos. Como uma promessa do médico de que eu retardaria a doença, que estava muito avançada, fiz uma cirurgia no olho esquerdo com 21 anos. No entanto, acabei perdendo a visão completamente.
Eu não enxergava mais nada e durante todos os anos que se seguiram, mais precisamente durante 8 anos, eu fiquei em casa todos os dias. Eu não conseguia trabalhar por conta da deficiência, eu não conseguia estudar e eu não conseguia sair de casa. O meu sobrinho de 6 anos aprendeu a me conduzir na rua e foi isso que me ajudou nesse momento. Eu saia de casa ou com ele, ou com a minha irmã. Mas eu precisava da minha independência e isso só seria possível se eu voltasse a estudar, se eu conseguisse fazer todas as coisas, mas nós não sabíamos se existia uma escola para pessoas com deficiência que eu pudesse entrar e estudar.
Um dia minha irmã encontrou uma mulher que estava indo buscar o marido em uma escola para deficientes visuais. Na mesma hora, minha irmã pegou o telefone e ligou para Fundação Dorina Nowill. Foi assim que, com 30 anos, eu ingressei em um programa de reabilitação. Lá eu aprendi tudo sobre braile, aprendi a andar de bengala e várias outras coisas fundamentais. Com 32, retomei à escola, porque a própria Fundação Dorina me indicou para cursar uma escola de adultos. Fiquei vários anos estudando porque eu tinha que cuidar da casa, mas eu não desisti e consegui concretizar até o terceiro colegial.
Quando terminei a escola, fiz o ENEM e eu consegui bolsa de estudo de 100% em uma faculdade para cursar pedagogia. Fiz a graduação e logo em seguida ingressei no curso de Avaliação Olfativa na Fundação Dorina Nowill. Finalmente, com 42 anos eu voltei a trabalhar. Além dessa força de vontade imensa, Deus me ajudou o tempo todo para que eu pudesse reconstruir a minha vida. Por isso, sempre levo comigo uma frase: não fique cega diante das oportunidades que surgirem na nossa vida, pois muitas delas até podem lhe parecer pequenas, mas promovem grandes realizações".
Lucilene Amorim Silva (Faturamento)
Com 20 anos, Lucilene conheceu São Paulo e se encantou. Voltou ao Piauí apenas para fazer suas malas e mudou-se para a metrópole. Sempre com o objetivo de ajudar sua família, nunca deixou de trabalhar. Na mesma semana em que chegou na cidade, foi procurar emprego e, mesmo sem experiência, as portas se abriram. Quando percebeu, já estava de frente para duas oportunidades em empresas de cosméticos, mas Lucilene escolheu a Jequiti e não se arrepende nem por um segundo, afinal, as oportunidades apareceram e ela sempre esteve preparada para todas elas.
Lucilene, qual é a sua #históriaquebrilha?
"Eu vim do Nordeste, lá de Piauí, para São Paulo muito nova, tinha 20 anos, com o intuito de ajudar os meus pais. Lembro bem quando eu cheguei na capital e fui morar em Osasco com a minha tia. Na mesma semana eu fui pra rua procurar emprego e logo eu encontrei. Entrei em uma loja que inclusive tinha várias funcionárias também nascidas no Piauí. Falei com a gerente, pedindo por uma oportunidade e que, mesmo sem experiência em vendas, eu daria o meu melhor. Comecei a trabalhar no dia seguinte e em pouco tempo eu já era conhecida como a "ponta da loja", ou seja, a vendedora que mais vende. Fiquei lá por 3 anos até que me mandaram embora.
Na época eu não entendia o porquê da demissão, mas vejo que tudo tem uma razão de ser. De lá pra cá, trabalhei em outras empresas de cosméticos, até que fiquei desempregada novamente. Na época, lembrei da Iolanda, que havia conhecido lá na primeira loja e ela me ajudou a entrar na Jequiti. O mais engraçado é que a concorrente também tinha me chamado para trabalhar lá, mas eu escolhi a Jequiti e não me arrependo.
Afinal, foi o trabalho na Jequiti que me ajudou a auxiliar meus pais financeiramente. E eu ajudei enquanto eles tinham vida, só que depois de um certo tempo, eu acabei perdendo meu pai e tempos depois veio o falecimento da minha mãe. Nessa fase, eu tive que ser muito forte, também por conta do meu irmão. Além disso, meu trabalho fez com que me sentisse ainda mais forte, porque no final das contas, eu dependia do meu esforço. Em momento algum eu poderia desabar. Não podia largar tudo por conta de um sofrimento que eu estava passando. E no final, deu tudo certo. Com a minha força de vontade e com muita fé, a gente consegue lidar com as adversidades e ainda conquistar sonhos. Sempre quis ter minha casa própria e hoje tenho meu apartamento. Sempre quis crescer profissionalmente e até agora tive duas promoções. Comecei na linha de separação do Picking, me tornei conferente e hoje estou no faturamento. Basta acreditar, que a gente consegue."
Luana Souto Maior (Gerente de Vendas)
Nascida em Manaus, Luana mudou-se para Roraima para acompanhar o marido e teve que reinventar seu dia a dia, começando do zero, em um lugar que ainda não conhecia. Com filhos para cuidar, Luana enfrentou inúmeras dificuldades profissionais até que a venda direta cruzou seu caminho. Mas ela queria mais, seu sonho era ser Gerente de Vendas e na empresa que estava, mas essa oportunidade não estava à vista. Foi quando a Jequiti apareceu e transformou sua vida da noite para o dia. Hoje, Luana usa sua voz e sua história para empoderar outras mulheres a acreditarem que tudo é possível, inclusive a realização dos seus maiores sonhos.
Luana, qual é a sua #históriaquebrilha?
"Eu tive exemplos de mulheres muito guerreiras dentro da minha casa, inclusive a minha mãe é o maior e melhor exemplo que eu tenho. Eu lembro de tudo que ela fazia para dar o melhor para todos nós. Essa força era impressionante e é nisso que eu me inspiro todos os dias, até hoje. Foi assim que eu comecei a fazer o meu futuro, iniciando no comércio dos meus pais muito cedo, quando eu tinha apenas 14 anos. Eu sempre vi o trabalho como uma grande inspiração e aqueles sonhos que meus pais conquistaram, eu também queria conquistar.
Depois disso, com 18 anos, fui convidada para ser gerente de uma loja que eu já trabalhava no shopping e mesmo novinha, já tive essa experiência de gerenciar uma franquia. Assim eu fui desenvolvendo meu crescimento profissional e pessoal. E hoje eu vejo o tamanho da força que uma mulher tem de transformar a vida de outras pessoas. Porque quando você transforma a vida de alguém, o sentimento de gratidão, satisfação e reconhecimento é gigante.
Mas tudo mudou quando eu fiz 21 anos e me tornei mãe. Quando meu filho nasceu, eu renasci com ele. A garra e a perseverança de uma mulher triplicam nessa fase da vida. A gente ganha uma força que nem sabemos de onde vem, pensando em fazer o melhor para os nossos filhos. Hoje, depois de muitas idas e vindas, eu ajudo as mulheres a serem empoderadas. Eu digo para as pessoas que convivem comigo: vocês podem tudo, inclusive realizar sonhos. Mas que em primeiro lugar, é preciso acreditar nos seus próprios sonhos, porque se você não acreditar, as pessoas também não acreditarão em você. Pois é, eu acredito muito em sonho, no poder que transforma a vida das pessoas e na força que existe dentro de cada mulher".
E você? Conta pra gente! Qual é a sua história que brilha?