Quem aqui já não precisou contar estórias mirabolantes para fazer com que o filho largasse aquela tão amada chupeta?

A chupeta, a mamadeira e o paninho são objetos que oferecem certo apoio emocional para os bebês e, dependendo do hábito, podem até substituir o colo da mãe. A questão é que seu uso prolongado pode causar uma relação de dependência que interfere no desenvolvimento da criança.

Estes "apoios" costumam entrar em cena quando o bebê está passando pela fase de desmame. É natural que eles façam parte deste processo, mas é importante prestar atenção para que essa relação não dure tempo demais. O normal é que a criança comece a se desinteressar por esses apoios aos dois anos de idade, quando já é capaz de expressar suas carências e necessidades de outras maneiras, como pela fala, por exemplo.

Caso esse desapego natural não aconteça, um plano de ação deve ser colocado em prática aos poucos. Trocas e chantagens não funcionarão e poderão ainda acarretar em mais dependência emocional, quando o desafio maior é fazer com que a criança não precise desses objetos. A sugestão de psicólogos é elogiar e compensar positivamente os pequenos quando eles demonstram o comportamento esperado, como dormir sem o auxílio do paninho ou da chupeta.

Tirar o foco do objeto através de conversas e brincadeiras também é uma tática que costuma funcionar: se seu filho pedir a mamadeira antes de dormir, por exemplo, pegue dois copos de leite, um para você e outro pra ele, e aposte quem consegue ficar com o maior bigode de espuma. Esta brincadeira irá desviar o foco do objeto e, aos poucos, irá desvencilhar essa relação de necessidade.

Lembre-se que é extremamente importante que essa mudança seja lenta e gradativa, para fazer a remoção de maneira definitiva e não traumatizar a criança. Se não der certo na primeira vez, devolva o objeto apoio à criança e tente novamente dentro de alguns meses. Com um pouco de calma e um plano de ação bem fundamentado, em breve seu filho estará dando adeus à chupeta, mamadeira e paninho com o mínimo de estresse.

Imagem: reprodução.